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Rossana Jardim

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Rossana Jardim, tem na geometria um dos pontos angulares de sua poética. Ela nos apresenta técnicas mistas sobre tela que se constituem em verdadeiros objetos artísticos. Presilhas ou grampos metálicos, utilizados para fixação de papéis em pastas de escritórios, protagonizam a materialidade da série “Mutantes”, iniciada em 2011.

Justapostas e fixadas abertas sobre tela, estas peças, com parte de suas superfícies printadas ou não, criam uma espécie de retábulo multifacetado cuja configuração depende do ângulo de visão do espectador. Trata-se de obra singular que, mutatis mutandis, remete ao universo plástico do latino-americano Cruz-Diez, um dos expoentes mundiais da arte ótica e cinética, cujo trabalho questiona a estabilidade do real. Rossana tira forte partido do reflexo proporcionado pelas partes descobertas dos grampos que, em sua obra, são deslocados de suas funções originais e resignificados.

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